Antes de qualquer abordagem à vítima é necessário verificarmos se estão reunidas as condições de segurança para a nossa actuação. Deste modo é importante ventilar toda a zona abrindo portas e janelas e de seguida afastar e desligar todos os aparelhos que possam ser potenciais produtores de monóxido de carbono.
A abordagem à vítima, deverá ser efectuada segundo ABCDE, respeitando sempre as regras de segurança.
Sendo assim a remoção da vitima do local da exposição o mais rápido possível é de extrema importância pois estaremos também diminuir a percentagem de monóxido de carbono em circulação. Administrar oxigénio por mascara facial a 100% o que reduz a semi vida da carboxi-hemoglobina de 4-6 horas para cerca de 1 hora. O tratamento através de oxigénio hiperbárico também será um procedimento a adoptar, visto reduzir a semi-vida da carboxi-hemoglobina de 6 – 4 horas para cerca de 15 a 30 minutos, reduzindo também a duração do estado comatoso.
O uso do oxigénio hiperbárico poderá estar muito limitado devido ao reduzido número de câmaras hiperbáricas no nosso país e a grande afluência a estas para a realização de inúmeros tratamentos. Apesar deste contra tempo as vítimas que apresentem níveis de monóxido de carbono acima dos 40% têm indicação extrema para tratamento com oxigénio hiperbárico bem como as vítimas com níveis acima dos 25% com presença de convulsões ou arritmias graves.
No que respeita à manutenção da via aérea a intubação endotraqueal poderá ser uma boa escolha, devido à necessidade de se fazer oxigénio a 100%, mas esta decisão irá depender de alguns factores, como por exemplo:
-A causa da inalação de monóxido de carbono (incêndio, aparelhos eléctricos, combustão em espaço fechado, etc. …)
-Estado de consciência da vítima
-Dificuldade respiratória aguda
-Tempo de chegada à unidade hospitalar
-Presença ou não de lesão inalatória
A monitorização deverá ser efectuada assim que possível, recomenda-se a monitorização da oximetria, frequência cardíaca, ECG e pressão arterial.
Através destes procedimentos vamos detectar algumas alterações que nos podem ser úteis na tomada de decisões.
O oximetro, para além da frequência cardíaca fornece-nos informação muito importante sobre a eficácia da oxigenoterapia e sobre a perfusão dos tecidos, no entanto este dispositivo não se encontra preparado para distinguir a oxihemoglobina da carboxihemoglobina, fornecendo deste modo falsos valores de saturação, registando muitas vezes valores de saturação de oxigénio elevados (Fig 1), em vítimas com elevados níveis de intoxicação por monóxido de carbono. No que respeita à frequência cardíaca podemos identificar com frequência uma taquicardia sinusal.
No ECG; as alterações electrocardiograficas poderão incluir como já referi atrás uma taquicardia sinusal (Fig 2) e para além desta alteração poderá estar presente uma depressão do intervalo ST, achatamento da onda T e extra-sistole ventricular.
Em relação à tensão arterial poderá estar presente uma hipotensão.
Perante este quadro torna-se importante também iniciar fluidoterapia, sempre que possível com um acesso venoso de bom calibre G16 ou G14, podendo haver necessidade de se recorrer a agulha intra-óssea caso o acesso venoso seja díficil ou mesmo impossível por existência de queimaduras graves.
No que respeita a terapêutica, se estivermos na presença de broncospasmo poderá estar indicada a administração de um broncodilatador (salbutamol ou aminofilina).
sábado, 28 de março de 2009
Quais são as características do monóxido de carbono?
- É um gás
- É incolor
- É inodoro
- Não tem sabor
- Não é irritante
- É mais leve do que o ar
Quem está mais vulnerável ao monóxido de carbono?
Todas as pessoas, independentemente da idade, sexo, …, podem correr riscos de intoxicação grave, se expostos a elevadas concentrações de monóxido de carbono, no entanto as mulheres grávidas, fetos, crianças, pessoas com anemia, problemas cardíacos ou do foro respiratório pertencem a um grupo com maior vulnerabilidade à intoxicação com monóxido de carbono.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, concluiu-se que entre 1993 e 1997, 70 por cento das mortes por inalação de gases, entre crianças e jovens até aos 19 anos de idade, fora devido ao monóxido de carbono.
Qual o mecanismo da intoxicação por monóxido de carbono?
O monóxido de carbono é rapidamente absorvido através dos pulmões ligando-se à hemoglobina com uma afinidade de cerca de 210 vezes maior do que a do oxigénio, provocando deste modo uma anoxia celular, devido a uma grande limitação do transporte de oxigénio pela hemoglobina e consequente diminuição da libertação deste nos tecidos. A ligação do monóxido de carbono à hemoglobina denomina-se de carboxihemoglobina.
A exposição a níveis muito elevados de monóxido de carbono poderá ter consequências irreversíveis e até fatais.
Sinais e sintomas:
A inalação deste gás, geralmente começa por causar sintomas muito comuns a outras situações, como por exemplo, cefaleias, tonturas, náuseas e vómitos numa grande maioria das vezes estes sintomas são confundidos com uma gripe ou com uma intoxicação alimentar.
Numa fase posterior ocorre um agravamento destes sintomas, e passamos a ter:
-Dispneia
-Taquipneia
-Confusão
-Fadiga
-Labilidade emocional
-Alucinações
-Alterações electrocardiográficas
- É incolor
- É inodoro
- Não tem sabor
- Não é irritante
- É mais leve do que o ar
Quem está mais vulnerável ao monóxido de carbono?
Todas as pessoas, independentemente da idade, sexo, …, podem correr riscos de intoxicação grave, se expostos a elevadas concentrações de monóxido de carbono, no entanto as mulheres grávidas, fetos, crianças, pessoas com anemia, problemas cardíacos ou do foro respiratório pertencem a um grupo com maior vulnerabilidade à intoxicação com monóxido de carbono.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, concluiu-se que entre 1993 e 1997, 70 por cento das mortes por inalação de gases, entre crianças e jovens até aos 19 anos de idade, fora devido ao monóxido de carbono.
Qual o mecanismo da intoxicação por monóxido de carbono?
O monóxido de carbono é rapidamente absorvido através dos pulmões ligando-se à hemoglobina com uma afinidade de cerca de 210 vezes maior do que a do oxigénio, provocando deste modo uma anoxia celular, devido a uma grande limitação do transporte de oxigénio pela hemoglobina e consequente diminuição da libertação deste nos tecidos. A ligação do monóxido de carbono à hemoglobina denomina-se de carboxihemoglobina.
A exposição a níveis muito elevados de monóxido de carbono poderá ter consequências irreversíveis e até fatais.
Sinais e sintomas:
A inalação deste gás, geralmente começa por causar sintomas muito comuns a outras situações, como por exemplo, cefaleias, tonturas, náuseas e vómitos numa grande maioria das vezes estes sintomas são confundidos com uma gripe ou com uma intoxicação alimentar.
Numa fase posterior ocorre um agravamento destes sintomas, e passamos a ter:
-Dispneia
-Taquipneia
-Confusão
-Fadiga
-Labilidade emocional
-Alucinações
-Alterações electrocardiográficas
INTOXICAÇÃO POR MONÓXIDO DE CARBONO
O monóxido de carbono é um gás, que quando inalado poderá ser muito perigoso podendo mesmo tornar-se fatal.
A concentração média de monóxido de carbono (CO) na atmosfera é de 0,1 ppm, sendo 90 por cento do monóxido de carbono atmosférico produzido pela própria natureza e 10 por cento produzidos pela actividade do homem.
O homem tem o seu papel de produtor de monóxido de carbono diariamente através da indústria, dos motores a gasolina/gasóleo (por exemplo um motor de combustão produz concentrações de monóxido de carbono de mais de 100 ppm), cigarros, fornos e fogões das cozinhas, esquentadores, lareiras, caldeiras de funcionamento a gás, geradores, churrasqueiras, grelhadores, motores de barcos, etc.…
O monóxido de carbono torna-se altamente perigoso e fatal quando produzido ou libertado em espaços fechados ou semi-fechados com ventilação inadequada e ai inalados por pessoas ou animais.
A concentração média de monóxido de carbono (CO) na atmosfera é de 0,1 ppm, sendo 90 por cento do monóxido de carbono atmosférico produzido pela própria natureza e 10 por cento produzidos pela actividade do homem.
O homem tem o seu papel de produtor de monóxido de carbono diariamente através da indústria, dos motores a gasolina/gasóleo (por exemplo um motor de combustão produz concentrações de monóxido de carbono de mais de 100 ppm), cigarros, fornos e fogões das cozinhas, esquentadores, lareiras, caldeiras de funcionamento a gás, geradores, churrasqueiras, grelhadores, motores de barcos, etc.…
O monóxido de carbono torna-se altamente perigoso e fatal quando produzido ou libertado em espaços fechados ou semi-fechados com ventilação inadequada e ai inalados por pessoas ou animais.
sexta-feira, 6 de março de 2009
Pós Graduação
Para todos os colegas interessados nesta pós graduação, as inscrições estão abertas. Podem encontrar toda a informação em www.esesfm.pt
Subscrever:
Mensagens (Atom)