ADRENALINA
Principais Indicações –
Bradicardia, assistolia, broncoespasmo,hipotensão
Apresentação e Preparação –
Al 1:1000, 1 amp =1 ml = 1 mg
1amp + 9ml SF (1:10.000) (1mg =0,1mg)
Comentários –
-Pode administrar-se por via endotraqueal nas mesmas doses que por ev
-Efeito alfa e betaadrenégico
-Risco de HTA e arritmias
-Atravessa a placenta
-Não misturar com bicarbonato, nitratos, lidocaína e aminofilina
AMINOFILINA
Principais Indicações –
Bronco espasmo
Apresentação e Preparação –
1amp = 10ml=240mg
Posologia –
240mg diluído em 100ml de SF (30 min.)
Comentários –
-Efeito inocronotrópico positivo
-Pode produzir taquiarritmias, alterações gastrointestinais e poliuria
-Aumenta a dose com a administração de Fenobarbital
-Nível óptimo de teofilinemia entre 10-15 ugr. Efeitos secundários
-Graves a partir de 20ugr
-Não misturar com isoproterenol, cimetidina, morfina, fenitoina e cálcio
AMIODORONA
Principais Indicações –
Tsvp, flutter auricular, Fribrilhação Auricular, Síndromes de preexcitação e TV
Apresentação e Preparação –
1amp=3ml=150mg
Posologia –
300mg diluído em Dext.5% em H20 (30 min.)
Comentários –
-Antiarritmico tipo 3
-Deprime o nódulo SA, alarga P-R, QRS, e Q-T
-Inibe as reacções alfa e betaadrenégicas
-Pode produzir bradicardia sinusal e bloqueio AV
-O bólus pode provocar hipotensão grave
-Aumenta a concentração sérica de digoxina, anticoagulantes orais, diltiazem, quinidina e fenitoina
ATROPINA
Principais Indicações –
Bradicardia, bloqueio AV, assistolia, ritmos idioventriculares lentos
Intoxicação por organofosforado
Apresentação e Preparação –
1amp=1ml=0,5mg
Posologia –
Bradicardia – 0,5mg de 5 em 5 min.
Assistolia – 3mg bólus
Intox. Organofosforado – 1 a 5mg de (repetir de15 a 30 min.), até que apareçam sintomas de atropinização
Comentários –
-Pode administrar-se por via endotraqueal, SC e IM
-Anticolinérgico, bloqueia receptores muscarinicos da acetilcolina
-Atravessa a placenta e a barreira HE
-Precaução em casos de hipertrofia prostática, glaucomas e hipertremia
-Não deve ser misturado com outras soluções
BICARBONATO DE SÓDIO
Principais Indicações –
Acidose metabólica, PCR
Apresentação e Preparação –
1fr=100ml=8,4%
Posologia –
100ml em 30 min.
Comentários –
ûCálculo do défice de bicarbonato:
§ - adulto (HCO3 normal – HCO3 medido) x kg x 0,4
§ - Criança (HCO3 normal – HCO3 medido) x kg x 0,3
A reposição deve ser sempre lenta
O extravasamento pode provocar necrose
Risco de alcalose, hipercapnia e hiperosmolaridade
Em recém nascidos existe perigo de hemorragia intra ventricular
Atravessa a placenta
Incompatível com muitos fármacos
O bólus pode provocar hipotensão por diminuição do DC, das resistências vasculares e contractilidade miocárdica
CLORETO DE CÁLCIO 10%
Principais Indicações –
Hipocalcémia, hiperpotassémia, assistolia
Apresentação e Preparação –
1amp=10ml=1g de cloreto cálcio
Posologia –
RCP – 2 a 5ml repetidos de 5 em 5 min.
Comentários –
Pode provocar bradicardia e arritmias
Risco de irritação venosa
Não misturar com bicarbonato, digoxina, fosfatos, cefalosporinas
DIAZEPAM
Principais Indicações –
Ansiolitico, hipnótico, anticonvulsivante, relaxante muscular
Apresentação e Preparação –
1amp=2ml=10mg
Posologia –
Sedação – 0,03 a 0,1mg/kg cada 3 horas
Crise convulsiva – 5 a 10mg repetidos a cada 10 min.
Comentários –
Pode administra-se via rectal (adulto – 20mg)
Pode administrar-se via endotraqueal
Pode causar hipotensão, aumento da ansiedade e depressão do sistema respiratório
Não utilizar no glaucoma agudo e miastenia gravis
Potencia com álcool e outros depressores do SNC
Pode produzir irritação no local da zona de injecção
O antagonista é o flumazenil
DIGOXINA
Principais Indicações –
Insuficiência cardíaca, arritmias supraventriculares
Apresentação e Preparação –
1amp=1ml=0,5mg
Posologia –
0,5mg a 1mg em 10 min.
Comentários –
Efeito inotropico positivo
Lentifica a condução AV e fibras de purkinje
Aumenta o automatismo
Pode produzir todo o tipo de arritmias
Vigiar electrólitos (Ca, K e Mg)
Não misturar com cálcio, fenitoina, nitroprussiato, ácidos e alcaloses
DOBUTAMINA
Principais Indicações –
Shock com PAPO>15mmHg, baixo DC
Apresentação e Preparação –
1amp.=20ml=250mg
Posologia –
500mg em 50ml SF
Comentários –
Actividade agonista alfa 1, beta 1 e beta 2 adrenérgica (aumenta o gasto cardíaco diminui as resistências vasculares sistémicas e pulmonares)
Contra indicado na estenose sub aórtica hiper trófica
Precaução no EAM (pode aumentar a sua extensão)
Pode produzir o aumento da TA, arritmias, angor dispneia e aumento das necessidades de insulina nos diabéticos
Deve utilizar-se monitorização
DOPAMINA
Principais Indicações –
Shock com PAPO<15mm hg, falência renal e descompensação cardíaca crónica
Apresentação e Preparação –
1amp.=10ml=200mg
Posologia –
400mg em 50ml de SF
Comentários –
Doses de 2 microgramas/kg/min. Produz efeito vasodilatador renal. De 2 a 10 microgramas/kg/min. Predomina o efeito beta (cronotropico, inotropico, e vasodilatador). Mais de 10 microgramas/kg/min. Predomina o efeito alfa (vasoconstrição)
Pode produzir HTA, arritmias e isquémia miocárdio
Contra indicado em feocromocitoma, taquiarritmias não corrigidas e FA
Extravasamento pode produzir necrose
Inactiva em soluções alcalinas
domingo, 2 de novembro de 2008
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA GRÁVIDA TRAUMATIZADA
Neste momento, já é conhecido que o útero comprime a veia cava inferior, diminuindo o retorno venoso: assim, a grávida deve ser transportada e avaliada em decúbito lateral esquerdo e, quando isso não for possível, por exemplo, na suspeita de trauma de coluna vertebral, o útero deve ser deslocado manualmente para o lado esquerdo, ou o leito deve ser inclinado para esse lado.
A avaliação inicial da grávida politraumatizada não difere dos padrões adoptados nas pacientes não grávidas, iniciando-se com o (ABCDE). Devem avaliar-se as condições respiratórias e corrigi-las, se necessário, mantendo a boa oxigenação materna.
Em relação à avaliação das condições hemodinâmicas, deve ser levado em consideração que, devido a hipervolémia fisiológica, podem ocorrer alterações da perfusão tecidular e sofrimento fetal, antes que a grávida apresente sinais clínicos de hipovolémia, podendo ocorrer alterações da perfusão tecidular e sofrimento fetal.
As contracções uterinas sugerem trabalho de parto e as contracções tetânicas, acompanhadas de hemorragia vaginal, sugerem descolamento de placenta.
No caso de lesão abdominal a lavagem peritoneal está indicada como diagnóstico auxiliar, e deve ser realizada com a colocação de um cateter sob visão directa na região supra-umbilical.
As indicações cirúrgicas não mudam em função da gravidez, e a laparotomia precoce é indicada em caso de dúvida diagnostica.
Nas lacerações do útero que seja possível a reconstrução, está indicada a sutura deste, mesmo que haja perda de líquido aminiótico e suspeita de morte fetal, pois o líquido aminiótico refaz-se e, se o feto estiver morto, é expulso espontaneamente. Nas lacerações grandes com hemorragia é indicada a histerectomia subtotal.
Nos ferimentos penetrantes do útero a conduta é conservadora, e a gravidez evolui no curso normal.
O descolamento prematuro de placenta, sempre que ultrapassa 25% desencadeia o trabalho de parto. Nestes caso, é indicado o esvaziamento do útero, pois este quadro representa alto risco para a mãe.
Em urgência, quando for necessária a realização de uma histerectomia a opção é feita pela subtotal; a histerectomia total é só indicada quando o útero for um foco de infecção.
Em caso de fractura de bacia, lesões de coluna vertebral e fracturas com traços que dificultem a mobilização é indicada a cesariana se a paciente entrar em trabalho de parto.
A cesariana pós-mortem é indicada nos casos em que a mãe está morta e que o feto seja viável. O parto deve ser feito no menor tempo possível. A cesariana pós-mortem também está indicada em caso de morte cerebral da mãe.
A avaliação inicial da grávida politraumatizada não difere dos padrões adoptados nas pacientes não grávidas, iniciando-se com o (ABCDE). Devem avaliar-se as condições respiratórias e corrigi-las, se necessário, mantendo a boa oxigenação materna.
Em relação à avaliação das condições hemodinâmicas, deve ser levado em consideração que, devido a hipervolémia fisiológica, podem ocorrer alterações da perfusão tecidular e sofrimento fetal, antes que a grávida apresente sinais clínicos de hipovolémia, podendo ocorrer alterações da perfusão tecidular e sofrimento fetal.
As contracções uterinas sugerem trabalho de parto e as contracções tetânicas, acompanhadas de hemorragia vaginal, sugerem descolamento de placenta.
No caso de lesão abdominal a lavagem peritoneal está indicada como diagnóstico auxiliar, e deve ser realizada com a colocação de um cateter sob visão directa na região supra-umbilical.
As indicações cirúrgicas não mudam em função da gravidez, e a laparotomia precoce é indicada em caso de dúvida diagnostica.
Nas lacerações do útero que seja possível a reconstrução, está indicada a sutura deste, mesmo que haja perda de líquido aminiótico e suspeita de morte fetal, pois o líquido aminiótico refaz-se e, se o feto estiver morto, é expulso espontaneamente. Nas lacerações grandes com hemorragia é indicada a histerectomia subtotal.
Nos ferimentos penetrantes do útero a conduta é conservadora, e a gravidez evolui no curso normal.
O descolamento prematuro de placenta, sempre que ultrapassa 25% desencadeia o trabalho de parto. Nestes caso, é indicado o esvaziamento do útero, pois este quadro representa alto risco para a mãe.
Em urgência, quando for necessária a realização de uma histerectomia a opção é feita pela subtotal; a histerectomia total é só indicada quando o útero for um foco de infecção.
Em caso de fractura de bacia, lesões de coluna vertebral e fracturas com traços que dificultem a mobilização é indicada a cesariana se a paciente entrar em trabalho de parto.
A cesariana pós-mortem é indicada nos casos em que a mãe está morta e que o feto seja viável. O parto deve ser feito no menor tempo possível. A cesariana pós-mortem também está indicada em caso de morte cerebral da mãe.
TRAUMA NA GRÁVIDA
Mecanismos de Trauma
Os mecanismos de trauma são semelhantes aos encontrados nos politraumatizados em geral. Todos os tipos de agressão traumática podem ocorrer durante a gestação, porém, algumas diferenças importantes devem ser ressaltadas, entre elas, o facto de o útero estar mais susceptível ao trauma no terceiro trimestre (diminuição do líquido aminiótico e grande adelgaçamento) e o facto de o abdómen protuberante da grávida tornar-se um alvo fácil, sendo frequentemente afectado por traumas fechados e penetrantes.
Trauma Fechado
Podem ocorrer traumatismos directos, quando a parede abdominal é atingida por um objecto ou traumatismos indirectos que ocorrem por desaceleração, por efeito de contragolpe ou por compressão súbita.
O feto encontra-se protegido pelo corpo do útero e pelo líquido aminiótico e é atingido em traumatismos fechados mais frequentemente quando existe ruptura uterina ou fractura dos ossos da bacia materna.
Pelo facto de o útero ser uma víscera oca, a força que se transmite através do seu conteúdo, faz com que, nem sempre, o local de ruptura seja o mesmo local onde ocorreu a contusão.
O fundo do útero, onde está a placenta, por ser um ponto de menor resistência, é um dos locais onde frequentemente ocorre ruptura; um outro local bastante atingido é a face posterior do útero, sendo este um local de difícil visualização e diagnóstico. Há ainda a possibilidade de ocorrerem lesões na placenta com o útero íntegro, como o descolamento da placenta.
Cerca de 10% das grávidas traumatizadas apresentam fracturas ósseas. Nestas, o tratamento das fracturas não difere do tratamento ortopédico de rotina, porém algumas fracturas como as da bacia e da coluna vertebral podem trazer complicações no momento do trabalho de parto.
Sabe-se que a causa mais frequente de traumatismo são os acidentes de viação. O uso do cinto de segurança diminui significamente a gravidade do trauma e a mortalidade materna, porém pode aumentar a frequência de ruptura uterina e de morte fetal. Os cintos que protegem apenas a bacia estão mais associados a ruptura uterina, já os restritivos do tronco melhoram as perspectivas do feto.
Mesmo assim, o uso do cinto é recomendado, uma vez que as estatísticas comprovam que o seu uso confere protecção segura e que a principal causa de morte fetal em acidentes de transito é a morte materna.
Trauma Penetrante
O útero, como já foi referido, devido ao seu tamanho aumentado, acaba por formar uma barreira protectora aos outros orgãos abdominais, o que justifica a baixa incidência de lesões associadas. Em contra partida, pode ser facilmente atingido e os ferimentos transfixantes podem não só ficarem restritos ao útero, como também atingirem o feto, o cordão e a placenta.
Os mecanismos de trauma são semelhantes aos encontrados nos politraumatizados em geral. Todos os tipos de agressão traumática podem ocorrer durante a gestação, porém, algumas diferenças importantes devem ser ressaltadas, entre elas, o facto de o útero estar mais susceptível ao trauma no terceiro trimestre (diminuição do líquido aminiótico e grande adelgaçamento) e o facto de o abdómen protuberante da grávida tornar-se um alvo fácil, sendo frequentemente afectado por traumas fechados e penetrantes.
Trauma Fechado
Podem ocorrer traumatismos directos, quando a parede abdominal é atingida por um objecto ou traumatismos indirectos que ocorrem por desaceleração, por efeito de contragolpe ou por compressão súbita.
O feto encontra-se protegido pelo corpo do útero e pelo líquido aminiótico e é atingido em traumatismos fechados mais frequentemente quando existe ruptura uterina ou fractura dos ossos da bacia materna.
Pelo facto de o útero ser uma víscera oca, a força que se transmite através do seu conteúdo, faz com que, nem sempre, o local de ruptura seja o mesmo local onde ocorreu a contusão.
O fundo do útero, onde está a placenta, por ser um ponto de menor resistência, é um dos locais onde frequentemente ocorre ruptura; um outro local bastante atingido é a face posterior do útero, sendo este um local de difícil visualização e diagnóstico. Há ainda a possibilidade de ocorrerem lesões na placenta com o útero íntegro, como o descolamento da placenta.
Cerca de 10% das grávidas traumatizadas apresentam fracturas ósseas. Nestas, o tratamento das fracturas não difere do tratamento ortopédico de rotina, porém algumas fracturas como as da bacia e da coluna vertebral podem trazer complicações no momento do trabalho de parto.
Sabe-se que a causa mais frequente de traumatismo são os acidentes de viação. O uso do cinto de segurança diminui significamente a gravidade do trauma e a mortalidade materna, porém pode aumentar a frequência de ruptura uterina e de morte fetal. Os cintos que protegem apenas a bacia estão mais associados a ruptura uterina, já os restritivos do tronco melhoram as perspectivas do feto.
Mesmo assim, o uso do cinto é recomendado, uma vez que as estatísticas comprovam que o seu uso confere protecção segura e que a principal causa de morte fetal em acidentes de transito é a morte materna.
Trauma Penetrante
O útero, como já foi referido, devido ao seu tamanho aumentado, acaba por formar uma barreira protectora aos outros orgãos abdominais, o que justifica a baixa incidência de lesões associadas. Em contra partida, pode ser facilmente atingido e os ferimentos transfixantes podem não só ficarem restritos ao útero, como também atingirem o feto, o cordão e a placenta.
TRAUMA NA GRÁVIDA
A importância do estudo do traumatismo na grávida consiste no facto da incidência de traumatismos durante este período estar a aumentar nos últimos anos, devido à crescente participação da mulher na sociedade actual, inclusive quando grávida, o que a torna mais exposta a atropelamentos, acidentes de viação, actos de violência ou qualquer outro tipo de traumatismo.
O trauma apareceu como a causa mais importante de morte de etiologia não obstétrica na grávida (cerca de 22%). Apresenta uma incidência de 6 a 7% e a mortalidade fetal apresenta valores de cerca de 70%.
Mais de metade dos acidentes ocorrem no último trimestre, já que neste período, devido a um útero muito volumoso, a mulher perde parte da sua agilidade física.
Toda a equipa médica que assiste uma grávida traumatizada deve ter conhecimento das alterações anatomo-fisiológicas da grávida que podem influenciar o diagnóstico e a conduta terapêutica. Deve ter-se em conta que estamos a assistir duas vítimas, onde a principal causa de lesão do feto é a alteração da homeostase materna. Mesmo que não ocorram lesões directas sobre o feto, as alterações da homeostase materna como hipóxia e hipotensão, causam vários danos e, por isso, deve dar-se prioridade à sobrevida materna.
Alterações Morfológicas e Funcionais da Gravidez
Estas modificações ocorrem naturalmente durante a gravidez e são necessárias para o desenvolvimento do feto e para preparar a mãe para o parto. Contudo, se não forem bem conhecidas pela equipa, podem ser confundidas com situações patológicas, levarem a interpretações erradas dos dados diagnósticos e a condutas terapêuticas inapropriadas.
Alterações Morfológicas
Até a 12ª semana de gestação o útero é intrapélvico, estando bem protegido pela pélvis; a partir de então passa a ser abdominal, alcançando a cicatriz umbilical em torno da 20ª semana. A partir desta, a altura do fundo uterino passa a corresponder à idade do feto em semanas. Na 36ª semana o útero atinge a sua altura máxima supra-umbilical no rebordo costal. Nas últimas semanas de gravidez o feto desce lentamente e o seu segmento cefálico encaixa-se na pélvis.
No primeiro trimestre da gravidez o útero encontra-se protegido pelos ossos da bacia e a espessura das suas paredes está aumentada. No segundo trimestre o útero deixa de ser protegido pela pélvis, passando a ser abdominal, porém o feto é protegido por grande quantidade de líquido aminiótico. No terceiro trimestre o útero atinge as suas maiores dimensões, as suas paredes tornam-se mais finas e a quantidade de líquido aminiótico diminui, ficando então o feto mais susceptível ao trauma neste período.
Em relação à placenta, sabe-se que esta atinge o seu tamanho máximo entre a 36ª e a 38ª semanas e que a quantidade de fibras elásticas é pequena, o que predispõe a falta de adesividade entre a placenta e a parede uterina, induzindo a complicações como o descolamento da placenta. A placenta apresenta vasos muito dilatados e sensíveis a estimulação por catecolaminas.
O feto é considerado viável a partir da 28ª semana e é considerado prematuro quando tiver menos de 2,5 Kg.
Quanto maior for o útero maior é a probabilidade de sofrer ferimentos, porém a probabilidade de lesões associadas diminui, pois o útero funciona como uma barreira protectora aos órgãos abdominais.
Alterações Cardiovasculares
Um facto importante que deve ser conhecido, é a influência postural materna sobre o seu sistema circulatório. Em decúbito dorsal, o útero volumoso comprime a veia cava inferior, reduzindo o retorno venoso alterando as condições hemodinâmicas e aumentando a pressão venosa no sistema venoso dos membros inferiores e das veias ilíacas.
Durante a gravidez o débito cardíaco encontra-se aumentado, podendo atingir até 6L/min. Porém, em decúbito dorsal o débito pode estar diminuído cerca de 30 a 40%. É, portanto, importante, sempre que possível, fazer com que a grávida traumatizada adopte a posição de decúbito lateral. Quando esta posição não for possível, deve desviar-se o útero grávido para a esquerda, através de manobras manuais ou de inclinação lateral de leito.
A frequência cardíaca da mulher grávida encontra-se aumentada cerca de 15 a 20 batimentos por minuto.
A pressão arterial diminui, principalmente, nos dois primeiros trimestres, sofrendo uma elevação no final da gestação, não atingindo, no entanto, os níveis pré-gravídicos. A pressão sistólica pode sofrer uma diminuição de 5 mmHg e a pressão diastólica de 15 mmHg.
Níveis de pressão diastólica superiores a 75 mmHg no segundo trimestre e 85 mmHg no terceiro trimestre são consideradas anormais (Lindheimer e cols, 1980).
A pressão venosa central diminui com o evoluir da gestação, principalmente quando a paciente se encontra em decúbito dorsal. Nos últimos meses de gestação a PVC pode chegar a 3,8 cmH²O na posição lateral esquerda.
Quanto às alterações electrocardiográficas, o eixo QRS pode estar desviado para esquerda em cerca de 15°. As ondas T podem encontrar-se achatadas e até invertidas. As extra-sístoles supraventriculares são frequentes.
Alterações Sanguíneas
O volume plasmático apresenta-se elevado, podendo chegar a um aumento de 50% na 34ª semana de gestação. Concomitantemente, ocorre um aumento do volume eritrocitário em torno de 30%. Contudo, este aumento é pequeno em relação ao aumento do volume plasmático e isto leva a uma diminuição do hematócrito, que pode apresentar valores entre 31 e 35%. Esta diminuição do hematócrito caracteriza a anemia fisiológica da gravidez.
Devido a esta hipervolémia (aumento da volémia em aproximadamente 48% do volume plasmático), a gestante pode perder até 1/3 da volémia, sem exibir os sintomas de hipovolémia.
A albumina sérica cai durante a gravidez para valores entre 2,2 e 2,8 g/100mL, levando a uma descida da pressão coloidosmótica.
Ocorre um aumento do número de leucócitos, que pode chegar a valores próximos de 20.000 leucócitos por mm³. O conhecimento deste dado é importante para que não se confunda a leucocitose da gravidez com a leucocitose causada por um quadro infeccioso ou pela ruptura de um órgão parenquimatoso abdominal.
Os factores de coagulação estão aumentados principalmente o fibrinogénio e os factores VII, VIII, IX, X. Isto não acarreta, na prática, uma maior incidência de trombose venosa profunda e nem uma modificação das indicações de anticoagulação profilática. Na existência de sinais de coagulação intravascular disseminada, deve ter-se em conta a possibilidade de embolização por líquido aminiótico.
Alterações Respiratórias
O volume corrente e o volume minuto aumentam consideravelmente, levando a um estado de hiperventilação pulmonar, com uma pCO² em torno de 30mmHg que leva a uma alcalose respiratória, onde o PH varia pouco devido a um declínio do bicarbonato sérico.
As mulheres grávidas resistem pouco a períodos de apneia, pois têm a sua capacidade residual funcional diminuída por diminuição do diafragma devido ao crescimento uterino.
Em condições de grave hipotensão e de hipóxia, o fluxo sanguíneo uterino pode cair mais de 50%, devido a um aumento da resistência vascular do útero, que é maior do que o aumento verificado na resistência sistémica, e que é causado pelo aumento do tónus uterino ou pela libertação local de catecolaminas. Isto faz com que o feto entre em sofrimento com hipóxia tecidular e acidose progressiva.
Alterações Gastrointestinais
Na gravidez a motilidade do trato gastrointestinal está diminuída, com um tempo de esvaziamento gástrico prolongado. Por isso, para efeito prático, deve-se sempre considerar que o estômago da grávida traumatizada está cheio. Desta forma, para evitar aspiração do conteúdo gástrico, deve proceder-se à entubação nasogástrica da vítima.
Alterações Urinárias
As vias urinárias encontram-se dilatadas a partir do 1º trimestre. A filtração glomerular e o fluxo plasmático renal encontram-se aumentados na gravidez e os níveis de ureia e creatinina diminuem para metade.
Alterações Endócrinas
A hipófise sofre um aumento de 30 a 50%, o que a torna dependente de um maior fluxo sanguíneo. Desta forma, um choque hipovolémico durante a gestação pode determinar a necrose isquémica da hipófise anterior (Síndrome de Sheehan).
Alterações Músculo-Esqueléticas
O alargamento da sínfise púbica e o aumento dos espaços das articulações sacroilíacas devem ser considerados ao interpretar as radiografias da bacia.
O trauma apareceu como a causa mais importante de morte de etiologia não obstétrica na grávida (cerca de 22%). Apresenta uma incidência de 6 a 7% e a mortalidade fetal apresenta valores de cerca de 70%.
Mais de metade dos acidentes ocorrem no último trimestre, já que neste período, devido a um útero muito volumoso, a mulher perde parte da sua agilidade física.
Toda a equipa médica que assiste uma grávida traumatizada deve ter conhecimento das alterações anatomo-fisiológicas da grávida que podem influenciar o diagnóstico e a conduta terapêutica. Deve ter-se em conta que estamos a assistir duas vítimas, onde a principal causa de lesão do feto é a alteração da homeostase materna. Mesmo que não ocorram lesões directas sobre o feto, as alterações da homeostase materna como hipóxia e hipotensão, causam vários danos e, por isso, deve dar-se prioridade à sobrevida materna.
Alterações Morfológicas e Funcionais da Gravidez
Estas modificações ocorrem naturalmente durante a gravidez e são necessárias para o desenvolvimento do feto e para preparar a mãe para o parto. Contudo, se não forem bem conhecidas pela equipa, podem ser confundidas com situações patológicas, levarem a interpretações erradas dos dados diagnósticos e a condutas terapêuticas inapropriadas.
Alterações Morfológicas
Até a 12ª semana de gestação o útero é intrapélvico, estando bem protegido pela pélvis; a partir de então passa a ser abdominal, alcançando a cicatriz umbilical em torno da 20ª semana. A partir desta, a altura do fundo uterino passa a corresponder à idade do feto em semanas. Na 36ª semana o útero atinge a sua altura máxima supra-umbilical no rebordo costal. Nas últimas semanas de gravidez o feto desce lentamente e o seu segmento cefálico encaixa-se na pélvis.
No primeiro trimestre da gravidez o útero encontra-se protegido pelos ossos da bacia e a espessura das suas paredes está aumentada. No segundo trimestre o útero deixa de ser protegido pela pélvis, passando a ser abdominal, porém o feto é protegido por grande quantidade de líquido aminiótico. No terceiro trimestre o útero atinge as suas maiores dimensões, as suas paredes tornam-se mais finas e a quantidade de líquido aminiótico diminui, ficando então o feto mais susceptível ao trauma neste período.
Em relação à placenta, sabe-se que esta atinge o seu tamanho máximo entre a 36ª e a 38ª semanas e que a quantidade de fibras elásticas é pequena, o que predispõe a falta de adesividade entre a placenta e a parede uterina, induzindo a complicações como o descolamento da placenta. A placenta apresenta vasos muito dilatados e sensíveis a estimulação por catecolaminas.
O feto é considerado viável a partir da 28ª semana e é considerado prematuro quando tiver menos de 2,5 Kg.
Quanto maior for o útero maior é a probabilidade de sofrer ferimentos, porém a probabilidade de lesões associadas diminui, pois o útero funciona como uma barreira protectora aos órgãos abdominais.
Alterações Cardiovasculares
Um facto importante que deve ser conhecido, é a influência postural materna sobre o seu sistema circulatório. Em decúbito dorsal, o útero volumoso comprime a veia cava inferior, reduzindo o retorno venoso alterando as condições hemodinâmicas e aumentando a pressão venosa no sistema venoso dos membros inferiores e das veias ilíacas.
Durante a gravidez o débito cardíaco encontra-se aumentado, podendo atingir até 6L/min. Porém, em decúbito dorsal o débito pode estar diminuído cerca de 30 a 40%. É, portanto, importante, sempre que possível, fazer com que a grávida traumatizada adopte a posição de decúbito lateral. Quando esta posição não for possível, deve desviar-se o útero grávido para a esquerda, através de manobras manuais ou de inclinação lateral de leito.
A frequência cardíaca da mulher grávida encontra-se aumentada cerca de 15 a 20 batimentos por minuto.
A pressão arterial diminui, principalmente, nos dois primeiros trimestres, sofrendo uma elevação no final da gestação, não atingindo, no entanto, os níveis pré-gravídicos. A pressão sistólica pode sofrer uma diminuição de 5 mmHg e a pressão diastólica de 15 mmHg.
Níveis de pressão diastólica superiores a 75 mmHg no segundo trimestre e 85 mmHg no terceiro trimestre são consideradas anormais (Lindheimer e cols, 1980).
A pressão venosa central diminui com o evoluir da gestação, principalmente quando a paciente se encontra em decúbito dorsal. Nos últimos meses de gestação a PVC pode chegar a 3,8 cmH²O na posição lateral esquerda.
Quanto às alterações electrocardiográficas, o eixo QRS pode estar desviado para esquerda em cerca de 15°. As ondas T podem encontrar-se achatadas e até invertidas. As extra-sístoles supraventriculares são frequentes.
Alterações Sanguíneas
O volume plasmático apresenta-se elevado, podendo chegar a um aumento de 50% na 34ª semana de gestação. Concomitantemente, ocorre um aumento do volume eritrocitário em torno de 30%. Contudo, este aumento é pequeno em relação ao aumento do volume plasmático e isto leva a uma diminuição do hematócrito, que pode apresentar valores entre 31 e 35%. Esta diminuição do hematócrito caracteriza a anemia fisiológica da gravidez.
Devido a esta hipervolémia (aumento da volémia em aproximadamente 48% do volume plasmático), a gestante pode perder até 1/3 da volémia, sem exibir os sintomas de hipovolémia.
A albumina sérica cai durante a gravidez para valores entre 2,2 e 2,8 g/100mL, levando a uma descida da pressão coloidosmótica.
Ocorre um aumento do número de leucócitos, que pode chegar a valores próximos de 20.000 leucócitos por mm³. O conhecimento deste dado é importante para que não se confunda a leucocitose da gravidez com a leucocitose causada por um quadro infeccioso ou pela ruptura de um órgão parenquimatoso abdominal.
Os factores de coagulação estão aumentados principalmente o fibrinogénio e os factores VII, VIII, IX, X. Isto não acarreta, na prática, uma maior incidência de trombose venosa profunda e nem uma modificação das indicações de anticoagulação profilática. Na existência de sinais de coagulação intravascular disseminada, deve ter-se em conta a possibilidade de embolização por líquido aminiótico.
Alterações Respiratórias
O volume corrente e o volume minuto aumentam consideravelmente, levando a um estado de hiperventilação pulmonar, com uma pCO² em torno de 30mmHg que leva a uma alcalose respiratória, onde o PH varia pouco devido a um declínio do bicarbonato sérico.
As mulheres grávidas resistem pouco a períodos de apneia, pois têm a sua capacidade residual funcional diminuída por diminuição do diafragma devido ao crescimento uterino.
Em condições de grave hipotensão e de hipóxia, o fluxo sanguíneo uterino pode cair mais de 50%, devido a um aumento da resistência vascular do útero, que é maior do que o aumento verificado na resistência sistémica, e que é causado pelo aumento do tónus uterino ou pela libertação local de catecolaminas. Isto faz com que o feto entre em sofrimento com hipóxia tecidular e acidose progressiva.
Alterações Gastrointestinais
Na gravidez a motilidade do trato gastrointestinal está diminuída, com um tempo de esvaziamento gástrico prolongado. Por isso, para efeito prático, deve-se sempre considerar que o estômago da grávida traumatizada está cheio. Desta forma, para evitar aspiração do conteúdo gástrico, deve proceder-se à entubação nasogástrica da vítima.
Alterações Urinárias
As vias urinárias encontram-se dilatadas a partir do 1º trimestre. A filtração glomerular e o fluxo plasmático renal encontram-se aumentados na gravidez e os níveis de ureia e creatinina diminuem para metade.
Alterações Endócrinas
A hipófise sofre um aumento de 30 a 50%, o que a torna dependente de um maior fluxo sanguíneo. Desta forma, um choque hipovolémico durante a gestação pode determinar a necrose isquémica da hipófise anterior (Síndrome de Sheehan).
Alterações Músculo-Esqueléticas
O alargamento da sínfise púbica e o aumento dos espaços das articulações sacroilíacas devem ser considerados ao interpretar as radiografias da bacia.
URGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS - Prioridades
Vítima Suicida
As ideias, as ameaças e a intenção de suicídio são causas importantes de urgência psiquiátrica. FARBROW classifica os pacientes suicidas em 4 grupos:
1 – os que concebem o suicídio como um passo para uma vida melhor;
2 – os que cometem suicídio como consequência de psicose associada a alucinações;
3 – aqueles que cometem suicídio como vingança contra a pessoa amada;
4 – aqueles de idade avançada para quem o suicídio é uma libertação.
Considera-se que há uma relação entre suicídio ou intenção de suicídio e doenças de diferente tipo.
Factores importantes incluem alcoolismo, abuso de drogas, depressão, esquizofrenia, alterações de pânico, situações agudas de grande tensão. As doenças crónicas como a insuficiência renal crónica em diálise, são um exemplo de quadros orgânicos de pacientes com tendência ao suicídio.
Elaboraram-se diversas escalas para avaliar o risco de suicídio. Enuncio, em seguida, por ordem decrescente de gravidade, os factores de risco:
- ameaça contínua de morte
- psicose
- depressão acentuada
- alcoolismo
- tentativas anteriores de suicídio
- psicose grave
- notas suicidas
- método violento
- doença crónica
- pós-parto
- falecimento de ente querido
- dependência de droga
- hipocondria
- idade superior a 45 anos e sexo masculino
- homossexualidade
- depressão leve
- isolamento social
- desajuste económico
- dificuldade económica
- ausência de ambição pessoal
Na avaliação do paciente suspeito de risco suicida, deve perguntar-se, de forma directa, se deseja que tudo termina. Se a resposta for afirmativa, deve decidir-se se o doente vai ser seguido em ambulatório ou se vai ser internado.
Nem todos os pacientes com tendências suicidas devem ser hospitalizados. A determinação depende de algumas considerações, como por exemplo:
As ideias, as ameaças e a intenção de suicídio são causas importantes de urgência psiquiátrica. FARBROW classifica os pacientes suicidas em 4 grupos:
1 – os que concebem o suicídio como um passo para uma vida melhor;
2 – os que cometem suicídio como consequência de psicose associada a alucinações;
3 – aqueles que cometem suicídio como vingança contra a pessoa amada;
4 – aqueles de idade avançada para quem o suicídio é uma libertação.
Considera-se que há uma relação entre suicídio ou intenção de suicídio e doenças de diferente tipo.
Factores importantes incluem alcoolismo, abuso de drogas, depressão, esquizofrenia, alterações de pânico, situações agudas de grande tensão. As doenças crónicas como a insuficiência renal crónica em diálise, são um exemplo de quadros orgânicos de pacientes com tendência ao suicídio.
Elaboraram-se diversas escalas para avaliar o risco de suicídio. Enuncio, em seguida, por ordem decrescente de gravidade, os factores de risco:
- ameaça contínua de morte
- psicose
- depressão acentuada
- alcoolismo
- tentativas anteriores de suicídio
- psicose grave
- notas suicidas
- método violento
- doença crónica
- pós-parto
- falecimento de ente querido
- dependência de droga
- hipocondria
- idade superior a 45 anos e sexo masculino
- homossexualidade
- depressão leve
- isolamento social
- desajuste económico
- dificuldade económica
- ausência de ambição pessoal
Na avaliação do paciente suspeito de risco suicida, deve perguntar-se, de forma directa, se deseja que tudo termina. Se a resposta for afirmativa, deve decidir-se se o doente vai ser seguido em ambulatório ou se vai ser internado.
Nem todos os pacientes com tendências suicidas devem ser hospitalizados. A determinação depende de algumas considerações, como por exemplo:
AVALIAÇÃO DA URGÊNCIA PSIQUIÁTRICA
A avaliação do paciente na urgência psiquiátrica, em princípio, é semelhante a qualquer urgência médica.
A entrevista deve ser direccionada no sentido de estabelecer um diagnóstico e deve ser adequada às circunstâncias. Se, por definição, a urgência exige uma intervenção pronta, há que ser bastante cuidadoso quando em presença de um quadro orgânico. O mesmo se aplica a urgências psicológicas, sendo pertinente a obtenção de todas a informação possível.
A equipa médica deve realizar uma rápida avaliação mental e proceder ao exame físico, lembrando que muitas doenças orgânicas têm uma expressão psicológica.
Deve ter-se sempre em atenção a ideias ou tentativas de suicídio, homicídio, assim como os riscos de agressão. Se a informação dada por um paciente não for digna de crédito ou sendo impossível de obter a informação directamente, deve recorrer-se aos familiares ou acompanhantes.
Na avaliação deve dar-se especial ênfase ao seguinte:
1 – História Clínica
· doenças anteriores
· internamentos anteriores
· uso de drogas
· história familiar
· história pessoal
2 – Exame Mental
Deve realizar-se de forma tão completa quanto possível.
3 – Exame Físico
Nos casos difíceis, deve ser realizado com rapidez ou conforme a situação de urgência possibilite.
4 – Exames Auxiliares
5 – Tratamento
A entrevista deve ser direccionada no sentido de estabelecer um diagnóstico e deve ser adequada às circunstâncias. Se, por definição, a urgência exige uma intervenção pronta, há que ser bastante cuidadoso quando em presença de um quadro orgânico. O mesmo se aplica a urgências psicológicas, sendo pertinente a obtenção de todas a informação possível.
A equipa médica deve realizar uma rápida avaliação mental e proceder ao exame físico, lembrando que muitas doenças orgânicas têm uma expressão psicológica.
Deve ter-se sempre em atenção a ideias ou tentativas de suicídio, homicídio, assim como os riscos de agressão. Se a informação dada por um paciente não for digna de crédito ou sendo impossível de obter a informação directamente, deve recorrer-se aos familiares ou acompanhantes.
Na avaliação deve dar-se especial ênfase ao seguinte:
1 – História Clínica
· doenças anteriores
· internamentos anteriores
· uso de drogas
· história familiar
· história pessoal
2 – Exame Mental
Deve realizar-se de forma tão completa quanto possível.
3 – Exame Físico
Nos casos difíceis, deve ser realizado com rapidez ou conforme a situação de urgência possibilite.
4 – Exames Auxiliares
5 – Tratamento
URGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS
Urgência psiquiátrica define-se como uma situação em que existe alteração do pensamento, do afecto e da conduta, de uma forma grave, que o paciente, a família ou a sociedade consideram que requer intervenção imediata.
Pode também definir-se por:
a) Manifestações de uma alteração psicológica aguda/ansiedade; pânico; depressão.
b)Manifestações que implicam risco de dano corporal ou interpessoal (agressão, suicídio, homicídio)
c) Manifestações que evidenciam um comportamento profundamente desorganizado (psicose, delírio).
Elemento da Urgência Psiquiátrica
Na abordagem da urgência psiquiátrica devem considerar-se 4 elementos:
1) o paciente com o seu quadro clínico vai necessitar de um estudo cuidadoso, exames pertinentes e tratamento necessário
2) o ambiente humano circundante deve ser avaliado
3) o ambiente físico deve ser examinado por um médico, para identificar perigos
4) a equipa médica deve resolver a urgência
Cuidados e Tipos de Intervenção nas Urgências Psiquiátricas
Há, esquematicamente, 4 tipos de intervenções na abordagem e tratamento de urgências psiquiátricas:
1. Intervenção Verbal – A comunicação é primordial. A comunicação deve ser directa, compreensiva, persuasiva e firme
2. Intervenção Farmacológica – Os psicofármacos, na actualidade, constituem um recurso técnico no tratamento. Assim, é indispensável o conhecimento dos psicofármacos.
3. Intervenção Física – Implica restrição por força humana ou contenção mecânica. Será necessário, em alguns casos, para proteger o paciente de si mesmo e para protecção de outros.
4. Solicitar Ajuda – Deverá ser feita sem demora, quando a situação o exigir.
Pode também definir-se por:
a) Manifestações de uma alteração psicológica aguda/ansiedade; pânico; depressão.
b)Manifestações que implicam risco de dano corporal ou interpessoal (agressão, suicídio, homicídio)
c) Manifestações que evidenciam um comportamento profundamente desorganizado (psicose, delírio).
Elemento da Urgência Psiquiátrica
Na abordagem da urgência psiquiátrica devem considerar-se 4 elementos:
1) o paciente com o seu quadro clínico vai necessitar de um estudo cuidadoso, exames pertinentes e tratamento necessário
2) o ambiente humano circundante deve ser avaliado
3) o ambiente físico deve ser examinado por um médico, para identificar perigos
4) a equipa médica deve resolver a urgência
Cuidados e Tipos de Intervenção nas Urgências Psiquiátricas
Há, esquematicamente, 4 tipos de intervenções na abordagem e tratamento de urgências psiquiátricas:
1. Intervenção Verbal – A comunicação é primordial. A comunicação deve ser directa, compreensiva, persuasiva e firme
2. Intervenção Farmacológica – Os psicofármacos, na actualidade, constituem um recurso técnico no tratamento. Assim, é indispensável o conhecimento dos psicofármacos.
3. Intervenção Física – Implica restrição por força humana ou contenção mecânica. Será necessário, em alguns casos, para proteger o paciente de si mesmo e para protecção de outros.
4. Solicitar Ajuda – Deverá ser feita sem demora, quando a situação o exigir.
Acidente Viação – Que nos sugere a gravidade?
Intrusão no Habitáculo –
Toda a deformidade que exista no veículo e que se projecta para o interior do habitáculo dos ocupantes e que supere 30cm, é considerado um impacto de alta energia.
Deformidade do pára-brisas -
Os ossos faciais podem estar fracturados com deformidades de 15cm, no pára-brisas. Recordemos que a resistência dos ossos faciais é menor nas mulheres e nas idades entre os 70 e 80 anos.
Dano da estrutura interna do veiculo
Deformidade do volante, ou dano do tablier, indicam alta energia. A projecção de um condutor de 68 Kg, que viaja a 35 Km/H, pressupõe que se encontra perante uma força de 5250 Kg.
Activação de sistemas de protecção no habitáculo do veiculo –
Os airbags activam-se com impactos iguais ou superiores a 30 Km/H. O cinto de segurança suporta entre 20 a 50 vezes o peso do organismo.
Colisão Frontal –
A soma das velocidades de ambos veículos no caso de uma colisão frontal, indica-nos a velocidade a que o dano se produz, uma soma superior a 30 KM/H é indicador de gravidade.
Passageiros projectados do veiculo
Os passageiros projectados do veículo, tem 6 vezes mais probabilidades de morrer que aqueles que não foram projectados.
Atropelamento –
Todo o doente pediátrico deve ser considerado como politraumatizado.
Elementos de segurança passiva –
São elementos de segurança passiva: a carroçaria (barras de reforço e protecção lateral); os cintos; os encostos de cabeça; os airbags; a coluna direcção deformável; assentos anatómicos; assentos integrados para crianças e o sistema de prevenção de incêndios.
Os veículos antigos não contam com estes elementos, portanto, o doente absorve maior quantidade de energia.
Toda a deformidade que exista no veículo e que se projecta para o interior do habitáculo dos ocupantes e que supere 30cm, é considerado um impacto de alta energia.
Deformidade do pára-brisas -
Os ossos faciais podem estar fracturados com deformidades de 15cm, no pára-brisas. Recordemos que a resistência dos ossos faciais é menor nas mulheres e nas idades entre os 70 e 80 anos.
Dano da estrutura interna do veiculo
Deformidade do volante, ou dano do tablier, indicam alta energia. A projecção de um condutor de 68 Kg, que viaja a 35 Km/H, pressupõe que se encontra perante uma força de 5250 Kg.
Activação de sistemas de protecção no habitáculo do veiculo –
Os airbags activam-se com impactos iguais ou superiores a 30 Km/H. O cinto de segurança suporta entre 20 a 50 vezes o peso do organismo.
Colisão Frontal –
A soma das velocidades de ambos veículos no caso de uma colisão frontal, indica-nos a velocidade a que o dano se produz, uma soma superior a 30 KM/H é indicador de gravidade.
Passageiros projectados do veiculo
Os passageiros projectados do veículo, tem 6 vezes mais probabilidades de morrer que aqueles que não foram projectados.
Atropelamento –
Todo o doente pediátrico deve ser considerado como politraumatizado.
Elementos de segurança passiva –
São elementos de segurança passiva: a carroçaria (barras de reforço e protecção lateral); os cintos; os encostos de cabeça; os airbags; a coluna direcção deformável; assentos anatómicos; assentos integrados para crianças e o sistema de prevenção de incêndios.
Os veículos antigos não contam com estes elementos, portanto, o doente absorve maior quantidade de energia.
IMPACTOS DE ALTA ENERGIA
Ao abordar uma vítima que tenha sofrido um traumatismo, seja este causado por um acidente de viação, por uma queda ou produto de uma agressão, deve-se reunir informação suficiente que permita estabelecer de uma forma directa ou indirecta, qual pode ter sido a energia transmitida durante o impacto, e como essa energia se pode manifestar na vítima.
A importância de obter o mecanismo de lesão, deve-se ao facto de que as lesões são sempre consequência da transferência de energia. O conhecimento do mecanismo de lesão permite afirmar 95% das lesões, baseiam-se na história do incidente e na cinemática da lesão.
É provável que muitas perguntas, tenham resposta imediata, como por exemplo: em que direcção ocorreu a troca de energia (sempre que os veículos envolvidos no acidente se encontrem no local do acidente). Essas situações que não se possa conhecer os dados certos, deve-se aumentar o índice de suspeita com os poucos elementos que se obtenham, para definir o tipo de impacto e a quantidade de energia absorvida pelo doente.
É lógico pensar que ao encontrar um doente em risco de vida, indique de uma forma imediata de que o trauma foi a alta energia. Mas de igual forma a avaliação de outros elementos que proporcionam o local, poderá trazer maior informação sobre o tipo de impacto que ocasionou a lesão.
A disposição dos órgãos dentro das suas cavidades e as relações de fixação que eles tem, determinam o tipo de lesão que cada um sofrerá, de acordo com a natureza do trauma externo, que é resultante de uma inadequada transferência de energia de um corpo de qualquer natureza contra o corpo humano.
Existem áreas importantes do corpo com capacidade para absorver grandes quantidades de energia, resultante do impacto e da desaceleração súbita. Nestes incluem-se não somente as estruturas ósseas, bem como os grupos musculares de todo o tipo e os depósitos de gordura, que protegem parcialmente os órgãos vitais.
Esta capacidade é limitada, dependendo da magnitude do impacto, da qualidade dos materiais e do seu desgaste com os anos, o sitio do traumatismo, a duração da força e o uso de elementos que protegem o organismo dos efeitos da desaceleração como os cintos de segurança e os airbags. Deve-se procurar todas as pistas que levem a suspeitar de alta energia. Devemos recordar que mesmo que não existam danos no veículo, não implica que não existam danos nas pessoas envolvidas no acidente (especialmente as crianças).
A importância de obter o mecanismo de lesão, deve-se ao facto de que as lesões são sempre consequência da transferência de energia. O conhecimento do mecanismo de lesão permite afirmar 95% das lesões, baseiam-se na história do incidente e na cinemática da lesão.
É provável que muitas perguntas, tenham resposta imediata, como por exemplo: em que direcção ocorreu a troca de energia (sempre que os veículos envolvidos no acidente se encontrem no local do acidente). Essas situações que não se possa conhecer os dados certos, deve-se aumentar o índice de suspeita com os poucos elementos que se obtenham, para definir o tipo de impacto e a quantidade de energia absorvida pelo doente.
É lógico pensar que ao encontrar um doente em risco de vida, indique de uma forma imediata de que o trauma foi a alta energia. Mas de igual forma a avaliação de outros elementos que proporcionam o local, poderá trazer maior informação sobre o tipo de impacto que ocasionou a lesão.
A disposição dos órgãos dentro das suas cavidades e as relações de fixação que eles tem, determinam o tipo de lesão que cada um sofrerá, de acordo com a natureza do trauma externo, que é resultante de uma inadequada transferência de energia de um corpo de qualquer natureza contra o corpo humano.
Existem áreas importantes do corpo com capacidade para absorver grandes quantidades de energia, resultante do impacto e da desaceleração súbita. Nestes incluem-se não somente as estruturas ósseas, bem como os grupos musculares de todo o tipo e os depósitos de gordura, que protegem parcialmente os órgãos vitais.
Esta capacidade é limitada, dependendo da magnitude do impacto, da qualidade dos materiais e do seu desgaste com os anos, o sitio do traumatismo, a duração da força e o uso de elementos que protegem o organismo dos efeitos da desaceleração como os cintos de segurança e os airbags. Deve-se procurar todas as pistas que levem a suspeitar de alta energia. Devemos recordar que mesmo que não existam danos no veículo, não implica que não existam danos nas pessoas envolvidas no acidente (especialmente as crianças).
ANTIDOTOS
ANTIDOTO
ATROPINA
INTOXICAÇÃO - Insecticidas anticolinesterásicas (Organofosforados e Carbamatos), substancias com acção colinérgica
DOSAGEM - 2mg EV, repetir cada 5-10 min, até atropinização
Azul Metileno
INTOXICAÇÃO - Metahemoglobinémia Tóxica
DOSAGEM - 0,1-0,2 mg/Kg solução 1% (1-2 mg/Kg) em vários minutos. Pode-se repetir após 30-60 minutos
Bicarbonato
INTOXICAÇÃO - Antidepressivos; Fenotiacinas e Salicitatos
DOSAGEM - Dose inicial 50meq, Seguida com 40meq cada 12H
Desferroxima
INTOXICAÇÃO - Ferro
DOSAGEM - 2g IM em 10ml (H20 destilada). Em casos graves infusão ev 15mg/hg/h (Max 80mg/kg/dia)
Dimercaprol
INTOXICAÇÃO - Arsénico, níquel, ouro, bismuto, mercúrio
DOSAGEM - Via IM 2,5-5mg/kg/4h, 2 dias
EDTA Cálcico-disódico
INTOXICAÇÃO - Cádmio, cobalto e zinco
DOSAGEM - 25mg/kg/dia em 500ml SF (5 dias)
Etanol
INTOXICAÇÃO - Metanol e etilenglicol
DOSAGEM - 0,75ml/kg EV em Dext 5% em 15 min.
Fisostigmina
INTOXICAÇÃO - Fármacos ou produtos com acção anticolinérgica
DOSAGEM - 0,02mg/kg EV em 2 min. Repetir cada 30 min. Ou iniciar perfusão EV
Flumazenil
INTOXICAÇÃO - Benzodiazepinas
DOSAGEM - Bólus EV 0,2mg cada min. Até recuperação de consciência
Glucagon
Beta bloqueantes e beta adrenégicos
3-10mg ou 50-150mg/kg EV, seguidos de infusão 1-5mg/h
Gluconato de cálcio
INTOXICAÇÃO - Ácido oxálico, ácido fluorhidrico, calcioantagonistas
DOSAGEM - PO: 10-20gr em 25ml H2O. EV: 10ml em solução 10% lenta
Glucose
INTOXICAÇÃO -Insulinodependentes
DOSAGEM - 50ml Dext. 50% EV, seguidas de perfusão continua com dose em função da glicemia
Heparina
INTOXICAÇÃOÁcido aminocaproico
DOSAGEM - 30.000-50.000U/dia EV
Isoproterenol
INTOXICAÇÃO - Beta bloqueantes e beta adrenégicos
DOSAGEM -0,02-0,04mg/kg em 1 min. EV
N-acetilacisteina
INTOXICAÇÃO - Paracetamol
DOSAGEM - EV: 150mg/kg em 250ml Dext. 5% em 15 min. Seguido com 50mg/kg em 500ml Dext. 5% em 4H
Naloxona
INTOXICAÇÃO - Opiaceos
DOSAGEM - 0,4-2,4mg EV/IM/SC repetir a cada 2-3 min. (dose máxima 10mg)
Nitroprossiato Sódico
INTOXICAÇÃO - Ergotamina; HTA induzida por doses elevadas de clonidina
DOSAGEM - 3mg/kg EV
Penicilamina
INTOXICAÇÃO - Cobre, ouro, mercúrio, zinco
DOSAGEM - 25mg/kg/dia em 2-3 doses. (dose máxima 2gr/dia)
Pralidoxima
INTOXICAÇÃO - Organofosforado
DOSAGEM - 15-30mg/kg em 250 ml SF EV
Protamina
INTOXICAÇÃO - Heparina
DOSAGEM - 0,75mg a 1mg de protamina EV, por cada mg de heparina que se deseja neutralizar
ATROPINA
INTOXICAÇÃO - Insecticidas anticolinesterásicas (Organofosforados e Carbamatos), substancias com acção colinérgica
DOSAGEM - 2mg EV, repetir cada 5-10 min, até atropinização
Azul Metileno
INTOXICAÇÃO - Metahemoglobinémia Tóxica
DOSAGEM - 0,1-0,2 mg/Kg solução 1% (1-2 mg/Kg) em vários minutos. Pode-se repetir após 30-60 minutos
Bicarbonato
INTOXICAÇÃO - Antidepressivos; Fenotiacinas e Salicitatos
DOSAGEM - Dose inicial 50meq, Seguida com 40meq cada 12H
Desferroxima
INTOXICAÇÃO - Ferro
DOSAGEM - 2g IM em 10ml (H20 destilada). Em casos graves infusão ev 15mg/hg/h (Max 80mg/kg/dia)
Dimercaprol
INTOXICAÇÃO - Arsénico, níquel, ouro, bismuto, mercúrio
DOSAGEM - Via IM 2,5-5mg/kg/4h, 2 dias
EDTA Cálcico-disódico
INTOXICAÇÃO - Cádmio, cobalto e zinco
DOSAGEM - 25mg/kg/dia em 500ml SF (5 dias)
Etanol
INTOXICAÇÃO - Metanol e etilenglicol
DOSAGEM - 0,75ml/kg EV em Dext 5% em 15 min.
Fisostigmina
INTOXICAÇÃO - Fármacos ou produtos com acção anticolinérgica
DOSAGEM - 0,02mg/kg EV em 2 min. Repetir cada 30 min. Ou iniciar perfusão EV
Flumazenil
INTOXICAÇÃO - Benzodiazepinas
DOSAGEM - Bólus EV 0,2mg cada min. Até recuperação de consciência
Glucagon
Beta bloqueantes e beta adrenégicos
3-10mg ou 50-150mg/kg EV, seguidos de infusão 1-5mg/h
Gluconato de cálcio
INTOXICAÇÃO - Ácido oxálico, ácido fluorhidrico, calcioantagonistas
DOSAGEM - PO: 10-20gr em 25ml H2O. EV: 10ml em solução 10% lenta
Glucose
INTOXICAÇÃO -Insulinodependentes
DOSAGEM - 50ml Dext. 50% EV, seguidas de perfusão continua com dose em função da glicemia
Heparina
INTOXICAÇÃOÁcido aminocaproico
DOSAGEM - 30.000-50.000U/dia EV
Isoproterenol
INTOXICAÇÃO - Beta bloqueantes e beta adrenégicos
DOSAGEM -0,02-0,04mg/kg em 1 min. EV
N-acetilacisteina
INTOXICAÇÃO - Paracetamol
DOSAGEM - EV: 150mg/kg em 250ml Dext. 5% em 15 min. Seguido com 50mg/kg em 500ml Dext. 5% em 4H
Naloxona
INTOXICAÇÃO - Opiaceos
DOSAGEM - 0,4-2,4mg EV/IM/SC repetir a cada 2-3 min. (dose máxima 10mg)
Nitroprossiato Sódico
INTOXICAÇÃO - Ergotamina; HTA induzida por doses elevadas de clonidina
DOSAGEM - 3mg/kg EV
Penicilamina
INTOXICAÇÃO - Cobre, ouro, mercúrio, zinco
DOSAGEM - 25mg/kg/dia em 2-3 doses. (dose máxima 2gr/dia)
Pralidoxima
INTOXICAÇÃO - Organofosforado
DOSAGEM - 15-30mg/kg em 250 ml SF EV
Protamina
INTOXICAÇÃO - Heparina
DOSAGEM - 0,75mg a 1mg de protamina EV, por cada mg de heparina que se deseja neutralizar
Conduta Perante Ameaça de NBQ
Conduta Perante uma Ameaça NBQ –
As seguintes medidas são essenciais para poder resolver com êxito uma emergência NBQ.
I. Ser consciente em todo o momento da importância da auto protecção e de que estamos perante uma situação perigosa.
II. Antes de entrar na zona de risco: Avaliar a situação; Esperar a chegada de equipas de reconhecimento, com equipamentos de detecção e protecção adequados.
III. Equipar-se com meios de protecção
IV. Tentar averiguar o tipo de produto. A detecção do agente concreto permitirá tomar as medidas de protecção individual necessários, conhecer os sistemas que podem aparecer e o possível tratamento.
V. Identificar as áreas distintas de risco e os equipamentos de protecção individual necessários para cada zona. Se não conhece o produto, deve-se equipar com protecção total e ter em conta que se é nuclear (considerar a emissão radiológica); se é biológico (pode ser agente contagioso e fácil propagação)
VI. Manter e delimitar o perímetro de segurança mínimo de 500 metros. Se não se dispõe de meio de protecção adequados, não entrar na zona
VII. Aproveitar para resguardar-se em qualquer obstáculo possível, em especial nos riscos radiológicos.
VIII. Evitar todo o contacto directo com o agente. Ter em conta que a ausência de sintomas não indica necessariamente ausência de perigosidade.
IX. Manter o controlo do pessoal que requer auxilio.
X. Diferenciar as zonas de actuação sanitária em: Zona de descontaminação; Zona de apoio; PMA.
XI. Diferenciar claramente as zonas de ambulâncias de zona limpa e a zona contaminada.
XII. É imprescindível submeter a descontaminação a todo o pessoal e material exposto ao agente NBQ
As seguintes medidas são essenciais para poder resolver com êxito uma emergência NBQ.
I. Ser consciente em todo o momento da importância da auto protecção e de que estamos perante uma situação perigosa.
II. Antes de entrar na zona de risco: Avaliar a situação; Esperar a chegada de equipas de reconhecimento, com equipamentos de detecção e protecção adequados.
III. Equipar-se com meios de protecção
IV. Tentar averiguar o tipo de produto. A detecção do agente concreto permitirá tomar as medidas de protecção individual necessários, conhecer os sistemas que podem aparecer e o possível tratamento.
V. Identificar as áreas distintas de risco e os equipamentos de protecção individual necessários para cada zona. Se não conhece o produto, deve-se equipar com protecção total e ter em conta que se é nuclear (considerar a emissão radiológica); se é biológico (pode ser agente contagioso e fácil propagação)
VI. Manter e delimitar o perímetro de segurança mínimo de 500 metros. Se não se dispõe de meio de protecção adequados, não entrar na zona
VII. Aproveitar para resguardar-se em qualquer obstáculo possível, em especial nos riscos radiológicos.
VIII. Evitar todo o contacto directo com o agente. Ter em conta que a ausência de sintomas não indica necessariamente ausência de perigosidade.
IX. Manter o controlo do pessoal que requer auxilio.
X. Diferenciar as zonas de actuação sanitária em: Zona de descontaminação; Zona de apoio; PMA.
XI. Diferenciar claramente as zonas de ambulâncias de zona limpa e a zona contaminada.
XII. É imprescindível submeter a descontaminação a todo o pessoal e material exposto ao agente NBQ
ACTUAÇÃO EM SITUAÇÕES DE RISCO NUCLEAR,
Posto de Comando – É o responsável máximo no sinistro. Está encarregue de activar o Sistema de Emergência e é o responsável pela coordenação do incidente com os responsáveis de outros serviços de emergência. Deve determinar definitivamente o lugar de espera das ambulâncias e do Posto Médico Avançado (PMA). Se o Posto de Comando for a primeira unidade a chegar, deve adoptar as medidas de auto protecção e informação anteriormente descritas. Dentro das suas funções perante um sinistro NBQ, também se encontram a comunicação da situação aos hospitais e a outros serviços pré hospitalares e a activação dos procedimentos dos planos de emergência.
Por ultimo o posto de comando deve supervisionar o correcto manejo do material de auto protecção individual e colectivo, assim como pela descontaminação do pessoal interveniente no serviço.
Por ultimo o posto de comando deve supervisionar o correcto manejo do material de auto protecção individual e colectivo, assim como pela descontaminação do pessoal interveniente no serviço.
ACTUAÇÃO EM SITUAÇÕES DE RISCO NUCLEAR,
A abordagem do local onde exista suspeita de risco de NBQ, em primeiro lugar deverá seguir as instruções da Central de Comunicações e em seguida assumir medidas de segurança e auto protecção para evitar situações adversas.Perante a existência ou suspeita de um sinistro de risco de NBQ, as unidades serão informadas pela central de comunicações. Quando as equipas chegarem à proximidade do local devem ser tomadas as seguintes medidas:
1. Auto protecção –
O fundamental é evitar qualquer contacto com a substância supostamente contaminante. É imprescindível tomar medidas como fechar as janelas dos veículos, assim como cortar a ventilação e o ar condicionado. É necessário afastar-se ou manter-se afastado da zona e contra a direcção do vento, deve-se encontrar um lugar seguro, livre de contaminação. Deve-se comunicar à central para que esta possa indicar às restantes equipas qual o lugar, para onde se devem dirigir.
2. Informação –
Comunicar à central todos os dados, sobre o sinistro, entre eles:
« Código de perigo (se conhecido)
« Identificação da substância
« Lugar exacto do impacto
« Lugar exacto da equipa
« Acessos mais seguros
« Riscos inerentes
« Estimativa de vítimas
3. Espera –
Antes de entrar na zona de risco é essencial esperar pela equipa de detecção. Há que tentar evitar na medida do possível que as pessoas que estão na zona contaminada, abandonem o local.
Papel da central de comunicações e do Posto de Comando:
Central de Comunicações - Encarrega-se de avisar o posto de comando e as equipas, para estarem preparadas, indicando o ponto de espera, das ambulâncias e o local mais seguro.
Também é da responsabilidade da central, activar e operacionalizar um 2º canal de emergência para a comunicação entre os efectivos de serviço. Alertar os hospitais da chegada das vítimas, bem como informar as equipas dos efeitos e tratamento do agente implicado.
1. Auto protecção –
O fundamental é evitar qualquer contacto com a substância supostamente contaminante. É imprescindível tomar medidas como fechar as janelas dos veículos, assim como cortar a ventilação e o ar condicionado. É necessário afastar-se ou manter-se afastado da zona e contra a direcção do vento, deve-se encontrar um lugar seguro, livre de contaminação. Deve-se comunicar à central para que esta possa indicar às restantes equipas qual o lugar, para onde se devem dirigir.
2. Informação –
Comunicar à central todos os dados, sobre o sinistro, entre eles:
« Código de perigo (se conhecido)
« Identificação da substância
« Lugar exacto do impacto
« Lugar exacto da equipa
« Acessos mais seguros
« Riscos inerentes
« Estimativa de vítimas
3. Espera –
Antes de entrar na zona de risco é essencial esperar pela equipa de detecção. Há que tentar evitar na medida do possível que as pessoas que estão na zona contaminada, abandonem o local.
Papel da central de comunicações e do Posto de Comando:
Central de Comunicações - Encarrega-se de avisar o posto de comando e as equipas, para estarem preparadas, indicando o ponto de espera, das ambulâncias e o local mais seguro.
Também é da responsabilidade da central, activar e operacionalizar um 2º canal de emergência para a comunicação entre os efectivos de serviço. Alertar os hospitais da chegada das vítimas, bem como informar as equipas dos efeitos e tratamento do agente implicado.
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